Casos de raiva em equinos e bovinos aumentam 189% na Bahia em 2025: situação alerta autoridades e produtores rurais 4uw4m

Este cenário reforça a necessidade de intensificação das medidas de prevenção, monitoramento e vacinação em todo o território baiano. 3c5nm
A raiva, uma zoonose viral de extrema gravidade, tem causado crescente preocupação entre autoridades sanitárias, produtores rurais e veterinários na Bahia. Segundo dados recentes divulgados por órgãos oficiais, houve um alarmante aumento de 189% nos casos de raiva em equinos e bovinos no estado em 2025, comparado ao mesmo período do ano anterior. Este cenário reforça a necessidade de intensificação das medidas de prevenção, monitoramento e vacinação em todo o território baiano.
Especialistas apontam múltiplos fatores para o expressivo crescimento dos casos de raiva na Bahia em 2025. Entre os principais motivos, destaca-se a expansão territorial de colônias de morcegos hematófagos, especialmente o Desmodus rotundus, principal transmissor do vírus da raiva aos herbívoros domésticos. A degradação ambiental, a redução de predadores naturais e mudanças climáticas têm favorecido a dispersão destes vetores para novas áreas, antes livres da doença.
Além disso, houve uma redução significativa das campanhas de vacinação nos últimos anos, agravada por limitações orçamentárias e dificuldades logísticas para alcançar propriedades rurais em regiões remotas. Esta combinação de fatores criou um ambiente propício para a disseminação do vírus.
Os surtos de raiva em equinos e bovinos foram registrados de forma mais intensa em diversas microrregiões baianas, especialmente no semiárido e no oeste do estado, áreas caracterizadas pela pecuária extensiva e propriedades de difícil o.
Entre os municípios com maior número de casos confirmados, destacam-se:
- Barreiras
- Luís Eduardo Magalhães
- Irecê
- Seabra
- Caetité
Nessas localidades, a presença de grandes rebanhos e a proximidade com áreas de mata favorecem o contato entre animais domésticos e morcegos transmissores.
Impactos econômicos e sanitários da raiva em equinos e bovinos 3g135k
O aumento de casos de raiva representa não apenas uma grave ameaça à saúde pública, mas também um prejuízo econômico considerável para os produtores rurais. A doença é invariavelmente fatal nos animais acometidos, causando perdas diretas no rebanho e impacto na produtividade agropecuária da região.
Estima-se que, apenas no primeiro semestre de 2025, os prejuízos com mortes de bovinos e equinos, associadas a custos de vacinação emergencial e ações sanitárias, superaram os R$ 10 milhões na Bahia. Além disso, o risco de transmissão do vírus para seres humanos coloca em alerta as comunidades rurais e exige ações coordenadas de vigilância epidemiológica.
Diante do avanço da raiva, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e as prefeituras municipais, intensificou as ações de prevenção e controle da doença.
As principais estratégias adotadas incluem:
- Vacinação emergencial de bovinos e equinos nas áreas com casos confirmados ou suspeitos.
- Monitoramento e controle populacional de morcegos hematófagos, por meio da captura e aplicação de substâncias anticoagulantes específicas.
- Capacitação de produtores rurais e técnicos, com orientações sobre práticas de manejo que reduzem o risco de exposição ao vírus.
- Campanhas educativas para conscientização da população sobre a importância da vacinação e notificação de casos suspeitos.
A importância da vacinação na prevenção da raiva 4529h
A vacinação preventiva é a principal ferramenta para conter o avanço da raiva em herbívoros domésticos. A imunização anual de bovinos e equinos é recomendada pelas autoridades sanitárias, especialmente em regiões onde há histórico ou risco potencial de transmissão do vírus.
Em 2025, a Bahia enfrentou desafios na cobertura vacinal, principalmente em áreas isoladas, o que contribuiu para o agravamento do surto. A ADAB reforça que a vacinação é obrigatória em propriedades com rebanhos em zonas de risco e que os produtores que não cumprirem a legislação sanitária podem ser penalizados com multas e interdições.
Para reduzir o risco de infecção e disseminação da raiva, produtores rurais e profissionais de saúde animal devem adotar medidas de biossegurança e monitoramento contínuo dos rebanhos. Entre as recomendações estão:
- Manter o calendário de vacinação atualizado.
- Realizar inspeção frequente nos animais, observando sinais clínicos sugestivos da doença, como alterações comportamentais, salivação excessiva, dificuldade de locomoção e agressividade.
- Isolar imediatamente qualquer animal que apresente sintomas suspeitos e notificar as autoridades sanitárias.
- Evitar a permanência de animais em áreas de abrigo de morcegos e adotar medidas para afastar os vetores, como iluminação e vedação de currais.
Além dos produtores rurais, toda a sociedade desempenha um papel fundamental na prevenção e combate à raiva. A notificação imediata de casos suspeitos às autoridades sanitárias permite uma resposta rápida e eficaz, evitando a propagação da doença.
A população também deve estar atenta aos riscos de exposição ao vírus, principalmente ao lidar com animais silvestres ou desconhecidos. A profilaxia pós-exposição, com a istração de vacina antirrábica e soro, é essencial para prevenir a infecção em humanos após contato suspeito.
Embora as medidas emergenciais tenham sido intensificadas, especialistas alertam que o controle efetivo da raiva na Bahia dependerá de uma abordagem integrada e contínua. Isso inclui investimentos em pesquisa epidemiológica, ampliação da cobertura vacinal e ações permanentes de educação sanitária.
O desafio é grande, mas a mobilização conjunta entre poder público, produtores rurais e sociedade civil é o caminho mais eficaz para conter a propagação da raiva e proteger a saúde animal e humana.
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