Irã ameaça atacar bases dos EUA, França e Reino Unido na região se ajudarem Israel 6k5m3e

Os relatórios dizem que Teerã teria como alvo bases militares e navios localizados na região se os três países derem apoio a Israel. 634o2n
O Irã alertou os Estados Unidos, o Reino Unido e a França para não ajudarem Israel a impedir os ataques de retaliação de Teerã, de acordo com a agência de notícias Reuters, citando a mídia estatal iraniana.
Os relatórios dizem que Teerã teria como alvo bases militares e navios localizados na região se os três países derem apoio a Israel.
Sabe-se que o Reino Unido não participou de nenhuma ação militar, incluindo esforços para defender Israel contra esses ataques.
Um porta-voz disse que o primeiro-ministro Keir Starmer conversou com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, neste sábado (14/06).
“Eles discutiram a situação gravemente preocupante no Oriente Médio e concordaram com a necessidade de diminuir a escalada”, disse o porta-voz.
A declaração acrescenta que o Reino Unido está pronto para trabalhar em estreita colaboração com seus aliados nos próximos dias para apoiar uma resolução diplomática.
No ado, quando o Irã atacou Israel com drones, o Reino Unido enviou jatos Typhoon da RAF de Chipre para abatê-los.
Ataques entre sexta e sábado deixaram mortos e feridos dos dois lados 1l2w4l
O Irã realizou entre sexta-feira (13/06) e sábado (14/06) ataques em Israel, deixando dezenas de feridos e pelo menos dois mortos.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, disse que o Irã “infligirá duros golpes” depois que Israel “iniciou a guerra” — referindo-se aos ataques deste contra o Irã na madrugada de sexta, em horário local.
De acordo com as forças israelenses, o Irã disparou menos de 100 mísseis na sexta — a maioria foi interceptada ou não conseguiu atingir seu alvo.
“Um número limitado de edifícios foi atingido, alguns devido a estilhaços de operações de interceptação”, afirmaram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês). Também houve novos ataques israelenses ao Irã.
Na manhã deste sábado, 14, havia registro de mortes e feridos dos dois lados.
Pelo menos duas pessoas morreram após os ataques em Israel. Uma mulher de 60 anos foi resgatada inconsciente e sem sinais vitais, e um homem de aproximadamente 45 anos foi declarado morto após ser evacuado, segundo o serviço de emergência israelense Magen David Adom (MDA).
Há ainda 40 pessoas sendo tratadas em hospitais israelenses após os recentes ataques – duas estão em estado crítico.
Os ferimentos são variados e incluem danos por estilhaços, inalação de fumaça e choque.
Já um representante do Irã na ONU disse que 78 pessoas foram mortas nos ataques israelenses de sexta-feira e pelo menos 320 ficaram feridas, a “esmagadora maioria” de civis.
Em outra versão, a mídia estatal iraniana fala em 60 mortos, incluindo 20 crianças, que foram mortos em um ataque israelense na sexta-feira contra um prédio residencial em Teerã.
Israel disse que tem como alvo as instalações militares iranianas, incluindo instalações nucleares.
Não está claro se as 60 pessoas relatadas hoje estão incluídas no número anterior. A BBC não verificou os números de forma independente.
Algumas fotos mostram ainda prédios bastante danificados em Israel.
Por volta de 20h de sexta-feira em Brasília, as IDF orientaram que a população poderia deixar abrigos — a recomendação mudou ao longo da sexta-feira, com momentos em que as forças instaram as pessoas a se protegerem, enquanto em outros a saída dos abrigos foi liberada, contanto que não se distanciassse muito deles.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu que o Irã e Israel interrompam a “escalada” do conflito.
“Bombardeio israelense contra instalações nucleares iranianas. Ataques com mísseis iranianos em Tel Aviv. Chega de escalada. Hora de parar. A paz e a diplomacia devem prevalecer”, afirmou Guterres na rede social X.
Fotos noturnas em Tel Aviv, Israel, mostram mísseis interceptados, provavelmente pelo sistema de defesa antimísseis israelense, o Domo de Ferro.
Duas fontes do governo americano afirmaram à agência de notícias Reuters que os EUA ajudaram Israel a abater mísseis iranianos.
De acordo com o comunicado traduzido da Guarda Revolucionária, o Irã chamou a operação de “Promessa Verdadeira 3”.
O serviço de ambulância Magen David Adom de Israel afirmou que estava fazendo buscas por pessoas e locais atingidos pelo ataque na região metropolitana de Tel Aviv.
A jornalista da BBC Ione Wells, que está em Jerusalém, relatou na madrugada de sábado (14/06), em horário local, ter ouvido drones, sirenes e explosões.
“Pela janela, pude ver vários drones voando pelo céu e ouvi explosões altas e próximas. As janelas tremiam”, conta Wells.
“Um aplicativo de sirene amplamente utilizado em Israel está mostrando um alerta vermelho para todo o país. Como temos noticiado, é difícil dizer se esses barulhos são de ataques ou se Israel está interceptando os ataques retaliatórios do Irã.”
Com a expectativa de retaliação iraniana, muitos israelenses começaram a sexta-feira estocando comida e se dirigindo a abrigos ou suas proximidades.
Gideon Levy, jornalista que vive em Tel Aviv, afirmou à BBC que, apesar de até o momento não haver mortes confirmadas, houve “bastante destruição” na cidade.
“Ouvimos explosões bem altas. Não foi uma sensação muito agradável”, disse Levy, que trabalha no jornal israelense Haaretz.
“Houve pelo menos dois casos em que [mísseis] caíram diretamente sobre prédios e os destruíram parcialmente. Não houve vítimas, mas pessoas ficaram feridas. E houve bastante destruição.”
Pessoas se abrigam em Tel Aviv durante ataque do Irã© Reuters
Nessa sexta, em pronunciamento, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que “mais está por vir”.
“O regime [iraniano] não sabe o que o atingiu, ou o que o atingirá. Nunca esteve tão fraco”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que Israel está mirando a liderança do Irã, e não sua população.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, criticou que os mísseis iranianos tenham atingido áreas civis.
“O Irã cruzou linhas vermelhas ao ousar disparar mísseis contra aglomerações populacionais civis em Israel”, afirmou Katz em um comunicado.
“Continuaremos a defender os cidadãos de Israel e garantiremos que o regime dos aiatolás pague um preço muito alto por suas ações hediondas”, acrescentou, referindo-se a Ali Khamenei.
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